o Canis lupus familiaris, vulgo cão, ao contrário do título acima, não trabalha com referencial... num trabalha mesmo! sempre rachei os bicos com esses cachorros de meio quilo que enfrentam destemidamente cães de porte com massa 20 vezes maior.
lá na rua tinham 2 desses, o bob (fox paulistinha) e o peter (chihuahua). os dois tinha noção de referencial zero!
o bob tinha mais cicatriz que qualquer frankenstein de filme de terceira categoria. o destemido fox paulistinha fazia visitas constantes ao veterinário para reparos emergenciais. quando digo reparos emergenciais, me refiro a uma remontagem completa internamente e tentativas quase sempre frustradas de reparação cirurgica cosmético-plástica. era alguma fêmea da região entrar no cio que ele tava lá, pronto pra outra batalha quase que mortal. enfrentou fila brasileiro, boxers, pastores, e vira-latas mil! medo zero de bicho grande. morreu de velho, essa figura ilustre da violência canino-urbana.
já o peter, seu fiel amigo e pupilo, não teve um desfecho tão bem sucedido. sua vida se foi ao tentar defenestrar uma das cadelas lá de casa, e acabou agredido e ferido mortalmente pelo meu querido e finado wolf, um pastor misto belga-alemão, gigante, que tinha altos dreads. pra ser rasta, só faltava fumar a erva verde pra bater um papo com jah.
bem, poderia estender as exemplificações expandindo meus horizontes ao resto do reino animal, mas aí fugiria do que eu realmente quero falar: Homo sapiens sapiens.
taí um animalzinho que usa o referencial pra tudo no relacionamento interpessoal (não, não vou falar de como mulher faz a gente perder a noção, isso todo mundo já sabe). eu vivo meio que num laboratório ambulante disso aí: tenho 1,90m, com um porte pra lá de considerável. me divirto ao andar por aí, e ver todo mundo desviando, olhando, e desviando o olhar. hehehehe!
um dos pontos altos do meu dia é quando vou almoçar no shopping aqui perto. a praça de alimentação parece o coliseu romano em dia de apresentação de gladiadores, com todos aqueles transeuntes ávidos a se alimentar, lutando cada um por um único lugar ou vários, caso esteja em bando, para que, com suas badejas carregadas em punho, possam se assentar, e efetuar a mais tradicional refeição do dia-a-dia brasileiro.
mas o cenário muda se for comigo. se eu estiver sentado numa mesa sozinho com 4 lugares vagos, não importa a zona que esteja, vai demorar muito para alguém tomar coragem e pedir licença para dividir a mesma comigo. muito tempo mesmo! eu me divirto! as pessoas vêm, chegam perto olham, procuram uma opção, titubeiam, e se vão na primeira semi-possibilidade a vista. às vezes até dou uma variada na situação fazendo cara feia ou soltando um sorriso para ver a reação alheia. e batata como atrapalha ou ajuda, respectivamente.
hoje, consegui fazer uma senhora vir de longe pra sentar. reparei que ela havia avistado a mesa. titubeou, deu outra olhada na praça de alimentação. olhou de novo, e eu lá me alimentando. creio que na mente dela tudo o que aparecia era um sasquatch destroçando um alce ou talvez um selvagem gaulês devorando um javali (meu prato não passava de sobre-coxa de frango assada, arroz com brócolis e salada de alface). ela olhou para o além novamente na esperança de um presente divino... nada. foi quando resolvi sorrir de bobo que sou, deixando que ela visse minha alegre feição. não seu outra, imediatamente ela se deslocou para minha mesa, indagando se podia fazer uso de um dos assentos vagos, pergunta que foi prontamente respondida de forma positiva.
taí uma coisa que estou pensando seriamente em incluir como uma variável extra no experimento: começar a dizer "não" para esses corajosos famintos que decidem me enfrentar e indagar sobre a possibilidade de dividir comigo meu local de alimentação. e pretendo dizer "não" sem explicar o porquê da negação (taí uma coisa que irrita brasileiro, a tal da resposta sem explicação, mas essa fica pra outro post).
no mais, podem-me chamar de babaca-cruel-manipulador, ou só de doido mesmo, num ligo não, mas eu acho o máximo brincar com minhas cobaias! tem gente que tem camundongos, formigas, peixes... eu tenho frequentadores de shopping center!
lá na rua tinham 2 desses, o bob (fox paulistinha) e o peter (chihuahua). os dois tinha noção de referencial zero!
o bob tinha mais cicatriz que qualquer frankenstein de filme de terceira categoria. o destemido fox paulistinha fazia visitas constantes ao veterinário para reparos emergenciais. quando digo reparos emergenciais, me refiro a uma remontagem completa internamente e tentativas quase sempre frustradas de reparação cirurgica cosmético-plástica. era alguma fêmea da região entrar no cio que ele tava lá, pronto pra outra batalha quase que mortal. enfrentou fila brasileiro, boxers, pastores, e vira-latas mil! medo zero de bicho grande. morreu de velho, essa figura ilustre da violência canino-urbana.
já o peter, seu fiel amigo e pupilo, não teve um desfecho tão bem sucedido. sua vida se foi ao tentar defenestrar uma das cadelas lá de casa, e acabou agredido e ferido mortalmente pelo meu querido e finado wolf, um pastor misto belga-alemão, gigante, que tinha altos dreads. pra ser rasta, só faltava fumar a erva verde pra bater um papo com jah.
bem, poderia estender as exemplificações expandindo meus horizontes ao resto do reino animal, mas aí fugiria do que eu realmente quero falar: Homo sapiens sapiens.
taí um animalzinho que usa o referencial pra tudo no relacionamento interpessoal (não, não vou falar de como mulher faz a gente perder a noção, isso todo mundo já sabe). eu vivo meio que num laboratório ambulante disso aí: tenho 1,90m, com um porte pra lá de considerável. me divirto ao andar por aí, e ver todo mundo desviando, olhando, e desviando o olhar. hehehehe!
um dos pontos altos do meu dia é quando vou almoçar no shopping aqui perto. a praça de alimentação parece o coliseu romano em dia de apresentação de gladiadores, com todos aqueles transeuntes ávidos a se alimentar, lutando cada um por um único lugar ou vários, caso esteja em bando, para que, com suas badejas carregadas em punho, possam se assentar, e efetuar a mais tradicional refeição do dia-a-dia brasileiro.
mas o cenário muda se for comigo. se eu estiver sentado numa mesa sozinho com 4 lugares vagos, não importa a zona que esteja, vai demorar muito para alguém tomar coragem e pedir licença para dividir a mesma comigo. muito tempo mesmo! eu me divirto! as pessoas vêm, chegam perto olham, procuram uma opção, titubeiam, e se vão na primeira semi-possibilidade a vista. às vezes até dou uma variada na situação fazendo cara feia ou soltando um sorriso para ver a reação alheia. e batata como atrapalha ou ajuda, respectivamente.
hoje, consegui fazer uma senhora vir de longe pra sentar. reparei que ela havia avistado a mesa. titubeou, deu outra olhada na praça de alimentação. olhou de novo, e eu lá me alimentando. creio que na mente dela tudo o que aparecia era um sasquatch destroçando um alce ou talvez um selvagem gaulês devorando um javali (meu prato não passava de sobre-coxa de frango assada, arroz com brócolis e salada de alface). ela olhou para o além novamente na esperança de um presente divino... nada. foi quando resolvi sorrir de bobo que sou, deixando que ela visse minha alegre feição. não seu outra, imediatamente ela se deslocou para minha mesa, indagando se podia fazer uso de um dos assentos vagos, pergunta que foi prontamente respondida de forma positiva.
taí uma coisa que estou pensando seriamente em incluir como uma variável extra no experimento: começar a dizer "não" para esses corajosos famintos que decidem me enfrentar e indagar sobre a possibilidade de dividir comigo meu local de alimentação. e pretendo dizer "não" sem explicar o porquê da negação (taí uma coisa que irrita brasileiro, a tal da resposta sem explicação, mas essa fica pra outro post).
no mais, podem-me chamar de babaca-cruel-manipulador, ou só de doido mesmo, num ligo não, mas eu acho o máximo brincar com minhas cobaias! tem gente que tem camundongos, formigas, peixes... eu tenho frequentadores de shopping center!
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