domingo, 4 de maio de 2008

7º dia

já se fazem 7 dias que o darcilinho nos deixou, e não posso deixar de registrar aqui essa grande perda ao grupo dos jovens que gostam demais.

você pode dizer que ele talvez não se caracteriza-se como jovem por estar na casa pra lá dos enta, mas lêdo engano o seu, ele era jovem pra caralho!

creio que não caiba aqui narrar a inevitável adversidade que o levou, mas sim apenas ilustrar como tão ilustre pessoa entrou em nossas vidas em uma breve narrativa abaixo apresentada:

uma sexta-feira quase normal (quase porque eu estava em bh desde quinta), nos encontramos no farroupa para mais um tradicional almoço divertido, regado como sempre a muita original e trigliceres.

durante tal evento, foi noticiado pelo jovem tilipe (que em breve vira trintão), que já tinha em mãos a chave de seu apê, e que a compra de uma churrasqueira se fazia necessária naquele dia. é claro que um consciente membro de nossa mesa já caiu em gargalhadas malhando o então desconhecido vizinho que viria a passar a sofrer com as incursões proteíno-etílicas que viriam a acontecer à partir daquela data. o jovem locatário supra citado, rechaçou tal possibilidade dizendo que já havia conhecido o vizinho em questão, se tratando de um coroa cabeça fresca, amante de blues e buchannas.

para todos na mesa se tratava de uma possibilidade impossível: haveria tilipe conseguido um apartamento próximo do perfeito, tendo como vizinho sua própria versão em idade avançada?

aos 20 minutos para às 18 horas, encerramos a conta no farruoupa. aos 13 minutos para às 18 horas, havíamos conseguido uma vaga no mercado central. aos 4 minutos para às 18 já estava comprada a churrasqueira necessária para as vindouras festividades da noite. às 18 horas e 2 minutos, seguíamos para o apartamento do tilipe.

cerva, carne e scotch, juntamente com tilipe, presley, birigui, ladencito, e eu, foram os ingredientes necessários para inaugurar aquele local, que no dia seguinete seria filhadaputamente apelidado de farroulipe.

festividades iniciadas, adentra ao recinto aquela figura: um senhor de idade, mistura de mestre miagui e bluesman, oferencendo toda a hospitalidade do mundo ao seu novo vizinho, presenteando-o logo de cara com uma garrafa de scotch, trazendo bolachas negras de blues para nosso deleite auditivo.

e assim deu início a uma bela relação, tilipe e darcilinho, duas pessoas únicas, dividiam não só o último andar do prédio, não só o bom gosto culinário-gustativo e musical, mas também uma bela amizade.

o farroulipe tinha, definitivamente, o vizinho perfeito.


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