quem me conhece a algum tempo, sabe das minhas peripécias brasil a fora, e numa nessas aventuras, fui bater no interior do pará, lá pelos idos de 2001.
amante do rock'n roll que sou, lá fui obrigado a conviver com um estilo musical deveras peculiar do local: o brega.
diziam que o brega não levava o nome por ser brega, no sentido meloso e barango da palavra, mas porque tinha começado num bar de um italiano, cujo sobrenome era "bregga". folclore, mentira, boato? sei lá.
poisé, a turma de lá leva o ritmo a sério, e uma vez fui, inclusive, obrigado a apartar uma briga entre um funcionário nativo do pará, e um potiguá:
- cê tá doido, homi! forró é muito meió que esse brega daqui!
- doido tá você, que vai apanhar por ter falado isso!
essa é a versão já filtrada, resumida e educada (pra não tornar o post impróprio para menores de 18) da discussão que interrompi no meio do mato. aproveitei é claro para dissertar um pouco sobre música, suas peculiaridades regionais, e como todas perdiam de lavada pro bom e velho rock'n roll. fiz umas piadinhas, e, como com chefe não se discute, todos riram e voltaram ao serviço.
bem, o @trabalhosujo, jogou na tuítosfera o link prum trailer de um documentário: brega s/a. olha ele embebido aí embaixo:
não resisti a curiosidade, baixei o documentário (num é pirata não! gratuito na página dos caras, tá?) e o assisti.
deveras interessante o que aconteceu de 2001 pra cá pelas bandas de lá. não que eu gostasse, mas o da minha época por lá é bem melhor que o atual. bem que eles dizem no documentário, que deixou de ser uma dança de salão, dois a dois, tipo um forrózin. pelas imagens, o treco meio que se funkalizou.
mas em resumo, o que aparece lá é um retrato do brasil como um todo: brega no pará, forró no nordeste, arrocha na bahia, funk no rio, sertanejo sudeste/centro-oeste, vanerão no sul. todos grandes ferramentas para alavancar a vida de pessoas simples, sem estudo, que se empenham através da música pra sair da miséria. e é claro, trocentos atravessadores ganhando rios de dinheiro encima.
uma espécie de mundo do futebol musical.
recomendo que assistam. conhecer o brasil é muito importante. o cara que vota lá, vale aqui tumém. é bom saber como funciona a cabeça de todos.
o pior que não vejo forma disso melhorar a curto prazo... muito menos de largarem a música ruim, e se empenharem em divulgar o bom e velho rock'n roll!
e respondendo a pergunta-título, não, não tenho saudades nenhuma a matar do brega, mas do meu parazão grande de Deus, aí é outra história! bons tempos que não voltam mais!
amante do rock'n roll que sou, lá fui obrigado a conviver com um estilo musical deveras peculiar do local: o brega.
diziam que o brega não levava o nome por ser brega, no sentido meloso e barango da palavra, mas porque tinha começado num bar de um italiano, cujo sobrenome era "bregga". folclore, mentira, boato? sei lá.
poisé, a turma de lá leva o ritmo a sério, e uma vez fui, inclusive, obrigado a apartar uma briga entre um funcionário nativo do pará, e um potiguá:
- cê tá doido, homi! forró é muito meió que esse brega daqui!
- doido tá você, que vai apanhar por ter falado isso!
essa é a versão já filtrada, resumida e educada (pra não tornar o post impróprio para menores de 18) da discussão que interrompi no meio do mato. aproveitei é claro para dissertar um pouco sobre música, suas peculiaridades regionais, e como todas perdiam de lavada pro bom e velho rock'n roll. fiz umas piadinhas, e, como com chefe não se discute, todos riram e voltaram ao serviço.
bem, o @trabalhosujo, jogou na tuítosfera o link prum trailer de um documentário: brega s/a. olha ele embebido aí embaixo:
trailer / brega sa from greenvision films on Vimeo.
não resisti a curiosidade, baixei o documentário (num é pirata não! gratuito na página dos caras, tá?) e o assisti.
deveras interessante o que aconteceu de 2001 pra cá pelas bandas de lá. não que eu gostasse, mas o da minha época por lá é bem melhor que o atual. bem que eles dizem no documentário, que deixou de ser uma dança de salão, dois a dois, tipo um forrózin. pelas imagens, o treco meio que se funkalizou.
mas em resumo, o que aparece lá é um retrato do brasil como um todo: brega no pará, forró no nordeste, arrocha na bahia, funk no rio, sertanejo sudeste/centro-oeste, vanerão no sul. todos grandes ferramentas para alavancar a vida de pessoas simples, sem estudo, que se empenham através da música pra sair da miséria. e é claro, trocentos atravessadores ganhando rios de dinheiro encima.
uma espécie de mundo do futebol musical.
recomendo que assistam. conhecer o brasil é muito importante. o cara que vota lá, vale aqui tumém. é bom saber como funciona a cabeça de todos.
o pior que não vejo forma disso melhorar a curto prazo... muito menos de largarem a música ruim, e se empenharem em divulgar o bom e velho rock'n roll!
e respondendo a pergunta-título, não, não tenho saudades nenhuma a matar do brega, mas do meu parazão grande de Deus, aí é outra história! bons tempos que não voltam mais!
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